Isabella Taviani encarna ‘the lady in red’ ao estrear no Rio o show 'Confissões de amor' nos tons fortes das paixões

Isabella Taviani estreia no Teatro Riachuelo, no Rio de Janeiro (RJ), o show 'Confissões de amor' Rodrigo Goffredo ♫ PRIMEIRA PESSOA DO SINGULAR ♬ Enquanto...

Isabella Taviani encarna ‘the lady in red’ ao estrear no Rio o show 'Confissões de amor' nos tons fortes das paixões
Isabella Taviani encarna ‘the lady in red’ ao estrear no Rio o show 'Confissões de amor' nos tons fortes das paixões (Foto: Reprodução)

Isabella Taviani estreia no Teatro Riachuelo, no Rio de Janeiro (RJ), o show 'Confissões de amor' Rodrigo Goffredo ♫ PRIMEIRA PESSOA DO SINGULAR ♬ Enquanto assistia na noite de ontem, 19 de novembro, à estreia do show Confissões de amor, de Isabella Taviani, refleti e concluí que fui apressado ao associar essa cantora, compositora e instrumentista carioca a Ana Carolina quando Taviani começou a ganhar projeção em 2003. Ambas são artistas que ardem na fogueira das paixões em cancioneiros autorais impulsivos, intensos, confessionais. Mas as semelhanças param aí. Cada uma delineou a própria assinatura ao longo destes vinte e poucos anos. Ontem, diante da plateia ardorosa e igualmente apaixonada que lotou o Teatro Riachuelo, no centro do Rio de Janeiro (RJ), Isabella Taviani encadeou 20 músicas em roteiro que somente se desviou do trilho autoral quando a artista deu voz à canção (They long to be) Close to you (Burt Bacharach e Hal David, 1963), projetada em 1970 nas vozes da dupla norte-americana The Carpenters, cujo repertório foi abordado pela cantora no único álbum de intérprete da discografia, Carpenters avenue (2016). O show fluiu bem. Até porque o séquito da artista sorveu cada verso passional de Estrategista (2012), para citar somente um exemplo de número em que a cantora vestida com elegante figurino vermelho – the lady in red, como brincou a própria Taviani, em alusão ao título da homônima canção lançada em 1986 pelo artista irlandês Chris de Burgh – entrou nos tons passionais do repertório que amealhou em 22 anos de carreira fonográfica. As cinco músicas do recente EP Confissões de amor (2025), lançado em 16 de setembro, costuraram com um texto o roteiro autoral aberto com O farol (2003). Ouvida na sequência, Pare (2024), parceria de Taviani com Bia Ferreira, foi uma das poucas surpresas de roteiro talhado para satisfazer o fã-clube da artista. Ciente da cumplicidade da plateia, Taviani fez o jogo de cena e afagou os egos deste público seguidor enquanto desfiou sucessos como Digitais (2003), Último grão (2005), Diga sim pra mim (2007) – canção que entrou no universo do forró desde que foi regravada em 2008 pela banda Desejo de menina – e De qualquer maneira (2003), a inevitável canção conhecida pelo séquito da artista como Peixinho e tradicionalmente alocada no arremate do bis nas apresentações de Taviani. Vindos da plateia, gritos de “linda”, "perfeita" e “maravilhosa” foram ouvidos ao longo da apresentação. O que somente me fez perceber, ao fim do show, que a voz de Isabella Taviani é a de uma pessoa vitoriosa que entendeu o que público dela quer e oferece exatamente o que se espera dela no EP e show Confissões de amor após um álbum mais ambicioso, A máquina do tempo (2020), em que tentou inventar moda. Isabella Taviani encadeia 20 músicas no roteiro essencialmente autoral do show 'Confissões de amor' Rodrigo Goffredo